TER UM ESTILO MAIS AUTORAL normalmente acaba dependendo de misturas de peças contrastantes – cada um encontra seu nível de contraste com a consultoria. Ter peças assim, tão opostas, diferentes umas das outras, requer uma manutenção constante da reposição do que vai saindo do guarda-roupas. É necessário ficar atento ao acervo para repor as peças ao longo do tempo porque um dos motivos de um estilo falhar é esse – não ter consciência de que ele, nesse caso, só é bom por causa das misturas contrastantes e, para isso, requer diversidade de material suficiente. A reposição, quando possível, é fundamental. Não é uma reposição da mesma peça exatamente, mas de uma peça com o mesmo efeito.
O BÁSICO SEM GRAÇA também é uma armadilha na qual podemos cair facilmente. Com foco na praticidade, simplicidade, facilidade, pode faltar uma característica importante nas peças mais básicas, que é o que as torna mais interessantes. Na consultoria, cada um descobre qual é o seu básico – ou se básico realmente não tem nada a ver com você, que estava apenas buscando conforto.
EXCESSO DE SERIEDADE – outro fator de risco. Ao querer se expressar no estilo de forma clássica, mais sóbria e refinada, pode-se cair no risco de um visual antiquado – nem vintage, nem retrô. Tornar o estilo interessante é o que tira esse efeito e há algumas técnicas para isso – com misturas, cores, modelagens.
MISTURAS VISUAIS na mesma peça que não dão certo: por exemplo, querer experimentar um estilo mais expressivo numa base clássica. É um engano comum buscar essa mistura refinada e inovadora no “tradicional-estampado”. A mistura pode sim dar certo, mas eu considero a mais perigosa, que requer atenção. Isso também é esclarecido na consultoria – precisa se atentar a alguns detalhes como a presença de colarinho ou não, o tipo e o tamanho da estampa, o tipo de tecido e qual é o resultado de tudo isso junto. Precisa só ter clareza de quais são os melhores caminhos.
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